É valido ressaltar que leve em consideração que, ao mesmo tempo em que o professor “A” que ensina a arte “A1” e não se mostra um bom tutor, existe o professor “B” que também ensina a arte “A1” e pode vir a ser extraordinário como um mestre, então não desista até achar alguém digno de treinar seu pequeno guerreiro (a).

Quando a faixa etária é entre 03-10 anos, é importante que o instrutor tenha ferramentas o suficiente para que a criança seja estimulada de forma lúdica com cambalhotas, corridas em sentidos diversos ao escutar algum som pré-determinado (como o uso de um apito ou ao bater das palmas do instrutor, por exemplo) e pequenos desafios que os testem sem desestimula-los no caso de não conseguir realizar a tarefa proposta.

Tarefas como saltar um bastão, realizar um numero especifico de agachamentos, flexões ou até mesmo abdominais são formas de realizar essas tarefas, mas é muito importante, seja no sucesso ou na falha momentânea, nunca o comparar com os demais alunos deixando sempre muito claro que a criança precisa sempre se desafiar a melhorar, sendo ela mesma sua marca a ser ultrapassada.

É importante saber que durante essa fase a criança está desenvolvendo sua identidade e sua estrutura socioafetiva, física e intelectual e que a parte principal é o estimulo positivo para que sejam adquiridos valores, aquisição de comportamentos sociais adequados, desenvolvimento saudável de diversas áreas do cérebro, aprimoramento de habilidades individuais e a socialização com os outros participantes de outras escolas e estilos marciais, e tudo isso através do treinamento marcial.

Com essa discussão, podemos concluir que para que uma criança se dedique e se interesse por uma arte marcial, é necessário o envolvimento tanto dos pais ou responsáveis quanto do professor para que a criança se mantenha interessada e tenha um desenvolvimento positivo e progressivo dentro da arte marcial.

Analisamos também que a conduta, valores e princípios tanto dos responsáveis quanto dos instrutores são observadas e copiadas por cada uma das crianças cuja idade varia entre 03-15 anos, sendo essa uma reação normal de qualquer pessoa nessa faixa etária, o que nos leva a necessidade de extrema atenção dos pais para com os pequeninos, sempre analisando o que eles estão trazendo de ensinamento para casa.

Uma conversa pós-treino é muito bem-vinda e sempre ajuda a criança a processar seus progressos e também pequenas falhas dentro do tatame.Atente-se em como a criança reage ao falar sobre a parte do treino que não conseguiu fazer e ao escutar, sempre a tranquilize com palavras positivas e a incentive a não desistir.

Falhar faz parte da vida e aprender a lidar com algo frustrante e superável vai trazer para dentro da criança muita confiança ao lidar com os pequenos desafios que ela vai enfrentar ao longo de sua vida.

Fonte: Blog da Educação Física